O aumento dos casos de suicídio entre jovens brasileiros foi tema de uma audiência pública na Alerj nesta sexta-feira (28). Especialistas defenderam que o ambiente escolar precisa assumir protagonismo no acolhimento emocional, diante de números que acendem um alerta entre educadores, defensores públicos e parlamentares.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o suicídio já é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil. A taxa nacional cresceu 6% nos últimos anos, reforçando a necessidade de respostas rápidas e de políticas de prevenção que alcancem todo o estado do Rio.
No debate, organizado pela Frente Parlamentar pela Humanização dos Atendimentos, destacou-se a importância de uma escola mais democrática e participativa. A avaliação é de que o ambiente escolar precisa ouvir, acolher e identificar sinais de sofrimento antes que a situação se agrave.
Representando a Secretaria de Educação, o professor Anderson Barros afirmou que professores são, muitas vezes, os primeiros a perceber mudanças de comportamento. Ele defendeu que as escolas assumam um papel mais ativo, criando espaços de diálogo e estabelecendo relações que favoreçam o cuidado cotidiano dos estudantes.
O deputado Danniel Librelon e a defensora pública Letícia Ribeiro reforçaram a urgência de ampliar o acesso a atendimento especializado e romper o tabu que impede jovens de pedir ajuda. Para eles, a prevenção precisa ser prioridade absoluta e ocorrer antes que os casos cheguem ao sistema de Justiça.






