O Trem do Samba chega à sua 30ª edição neste sábado (06/12), repetindo o tradicional trajeto da Central do Brasil até Oswaldo Cruz. Criado por Marquinhos de Oswaldo Cruz em 1995, o evento celebra a trajetória do samba e transforma os vagões em rodas animadas que conduzem o público até o berço da festa. Cada trem especial contará com músicos que mantêm vivo o espírito original da celebração.
O projeto, que começou de forma modesta, hoje movimenta mais de cem mil pessoas e espalha o ritmo pelas ruas do bairro. Nem todos embarcam nos vagões com batucada, mas a energia toma conta de Oswaldo Cruz com palcos distribuídos por diferentes pontos. Três estruturas principais recebem atrações ao longo do dia, reunindo nomes como Leci Brandão, Roberta Sá, Dudu Nobre, Dorina e a Velha Guarda da Portela.
Além da programação oficial, os bares e esquinas também viram ponto de encontro para rodas de samba organizadas por moradores e coletivos. Para ajudar o público, um mapa do circuito é distribuído com a localização de cada roda. A proposta é convidar o público a circular pelo bairro, reforçando a atmosfera comunitária que marca o evento desde sua criação.
O Trem do Samba nasceu inspirado na trajetória de Paulo da Portela e de sambistas que, no início do século XX, utilizavam o trem para escapar da repressão e se reunir longe do centro. A festa resgata essa história e transforma o percurso ferroviário em símbolo de resistência cultural.
A celebração acontece sempre próxima ao Dia Nacional do Samba, comemorado na terça-feira (02/12). A data amplia o significado da edição deste ano, que combina memória, música e celebração das tradições. Com três décadas de história.






