O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), abriu a sessão desta terça-feira (2) propondo uma “CPI dos Ingressos do Maracanã”. A iniciativa surge após uma série de reclamações sobre cambistas e falta de transparência na distribuição de entradas para partidas no estádio. A Suderj deve ser convidada a prestar esclarecimentos.
Bacellar destacou que já tramitam na Casa projetos dos deputados Verônica Lima (PT) e Alexandre Knoploch (PL). As propostas preveem a criação de uma área social no estádio, com ingressos mais acessíveis para torcedores de baixa renda. Segundo ele, a medida pode minimizar impactos causados pela atuação de cambistas.
O presidente criticou os valores cobrados ilegalmente na véspera da partida do Flamengo, que, segundo relatou, chegaram a “quase mil reais”. Ele mencionou ainda que conversou com o presidente do clube, que estuda destinar de 12% a 15% da arquibancada para a área social. Para Bacellar, o modelo atual prejudica parte da torcida.
Outro ponto levantado foi a quantidade de ingressos repassados ao governo. Bacellar afirmou que o Estado recebe mais de 2 mil entradas, incluindo cadeiras cativas cujos donos não comparecem. Em contraste, a Alerj recebe apenas um camarote com 21 lugares, considerado insuficiente diante dos 70 deputados.
Bacellar sugeriu convocar também o Procon e outros órgãos de fiscalização para detalhar como funciona a distribuição de ingressos. Ele afirmou que o tema deve avançar após a final, em respeito ao Flamengo e ao Fluminense, responsáveis pela concessão do Maracanã.






