O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, nesta terça-feira, que os homens assumam responsabilidade no enfrentamento à violência de gênero. Durante evento em Ipojuca, em Pernambuco, ele citou feminicídios recentes que chocaram o país e relatou a emoção da primeira-dama, Janja, ao acompanhar as notícias.
Lula mencionou episódios ocorridos nos últimos dias, incluindo o ataque a tiros contra uma mulher em uma pastelaria na zona norte de São Paulo, a tentativa de feminicídio que deixou Tainara Souza Santos sem as pernas e o incêndio provocado por um homem que matou a esposa grávida e os quatro filhos no Recife. Ele questionou se o Código Penal é capaz de punir crimes dessa natureza.
O presidente afirmou que os homens devem educar uns aos outros e agir com maturidade diante do fim de relacionamentos. Segundo Lula, é preciso abandonar atitudes de controle e violência, reconhecendo que nenhuma pena é suficiente para reparar agressões tão brutais.
Lula defendeu a criação de um movimento nacional liderado por homens para combater a violência contra mulheres. Ele relembrou sua própria educação, dada pela mãe, e disse que é preciso ensinar caráter e dignidade às novas gerações, reforçando que “homem não nasceu para bater em mulher”.
A fala ocorreu durante o lançamento das obras de expansão da Refinaria Abreu e Lima. O projeto prevê investimentos de R$ 12 bilhões e deve elevar a capacidade de processamento para 260 mil barris por dia até 2029. A unidade deverá atender 17% da demanda nacional de diesel e ampliar a produção de gasolina, GLP e nafta.






