A participação de idosos no mercado de trabalho atingiu o maior nível desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Em 2024, 24,4% das pessoas com 60 anos ou mais estavam ocupadas, o equivalente a um em cada quatro idosos. Segundo o instituto, esse avanço reflete maior expectativa de vida, mudanças nos arranjos familiares, impacto da informalidade e efeitos da reforma da Previdência de 2019. A desocupação desse grupo caiu para 2,9% e a subutilização ficou em 13,2%, abaixo da média nacional.
O número de pessoas idosas no país vem crescendo rapidamente: em 12 anos, passou de 22,2 milhões para 34,1 milhões, quase 20% da população. A taxa de ocupação é maior entre os homens de 60 a 69 anos (48%), mas o aumento recente foi puxado pelas mulheres, cuja participação subiu de 14,6% em 2019 para 16,7% em 2024. A partir dos 70 anos, porém, a presença no mercado cai drasticamente, com apenas 15,7% dos homens e 5,8% das mulheres ainda trabalhando.
Grande parte dos idosos atua por conta própria ou como empregador, com 55,7% na informalidade — proporção ainda maior entre pessoas pretas e pardas. Mesmo assim, o rendimento médio desse grupo supera o dos demais trabalhadores: R$ 3.561 contra R$ 3.108. As desigualdades persistem, com mulheres idosas ganhando 33% menos que os homens, e idosos pretos ou pardos recebendo quase metade do valor dos brancos. O rendimento-hora também aumenta com a idade, chegando a R$ 25,60 entre quem tem 60 anos ou mais.






