O ministro Dias Toffoli decidiu que as investigações relacionadas ao Banco Master devem tramitar no Supremo Tribunal Federal. O caso, mantido sob sigilo, passa ao STF após pedido da defesa do dono da instituição, Daniel Vorcaro, que alegou a existência de possível foro privilegiado entre os investigados. Um dos documentos apreendidos pela Polícia Federal menciona o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), o que justificaria a competência da Corte.
Toffoli também autorizou que a defesa de Luiz Antonio Bull, ex-diretor do Banco Master, tenha acesso aos elementos de prova já documentados na investigação, desde que concluídos e relevantes ao caso, seguindo a Súmula 14 do STF. Bull ocupava os cargos de diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia da instituição financeira.
Na decisão, o ministro determinou que todas as novas diligências e medidas investigativas precisam ser previamente autorizadas pelo Supremo — e não mais por instâncias inferiores — até que a Procuradoria-Geral da República se manifeste e o recurso em análise seja concluído. A Polícia Federal continuará tendo acesso ao processo, mas qualquer passo novo depende do aval do STF enquanto o sigilo permanece vigente.






