Uma comissão de alto nível do Vaticano votou contra a permissão de mulheres católicas servirem como diaconisas. O relatório, entregue ao papa Leão XIV, mantém a prática global da Igreja com clero exclusivamente masculino, mas recomenda estudos adicionais sobre a questão.
A votação terminou em 7 a 1, com os membros destacando que a pesquisa histórica e a investigação teológica “excluem a possibilidade” atualmente. Apesar disso, o grupo sugeriu uma análise mais aprofundada antes de qualquer decisão definitiva.
Diaconisas poderiam auxiliar nos serviços da Igreja, mas não celebrar a missa. Diáconos católicos desempenham funções como batizados, testemunho de casamentos e presidir funerais, podendo liderar paróquias na ausência de um padre, que continua necessário para a missa.
O falecido papa Francisco criou duas comissões para estudar a possibilidade de mulheres servirem como diaconisas, e o relatório divulgado é a primeira vez que os resultados dessas discussões são tornados públicos. O papa Leão XIV ainda não possui posição conhecida sobre o tema.
Defensores da medida citam registros históricos de mulheres como diaconisas nos primeiros séculos da Igreja, incluindo Phoebe, mencionada em carta do apóstolo Paulo. A discussão sobre a ordenação feminina tem mobilizado debates na Igreja de 1,4 bilhão de fiéis.






