A nova pesquisa Datafolha mostra que a recuperação recente da avaliação do governo Lula (PT) perdeu fôlego. O levantamento aponta 32% de aprovação, 37% de reprovação e 30% que consideram a gestão regular. Os números praticamente repetem os do estudo anterior, que registrava 33% de ótimo/bom, 38% de ruim/péssimo e 28% de regular, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Foram ouvidos 2.002 eleitores em 113 cidades entre os dias 2 e 4 de dezembro.
Reaproximação com Trump muda o tom internacional
Desde então, o clima externo arrefeceu. Em outubro, Lula e Trump se encontraram na Malásia, dando início a uma reaproximação que já resultou na derrubada de algumas tarifas impostas aos produtos brasileiros. A normalização completa dependerá do avanço das tensões americanas com a Venezuela.
Avaliação pessoal do presidente também está estável
Quando a pesquisa avalia o desempenho pessoal de Lula, o cenário é semelhante: 49% aprovam, contra 48% que aprovavam na pesquisa anterior. A desaprovação segue em 48%. O índice é mais favorável ao presidente do que o registrado especificamente para o governo.
Operação policial no Rio gerou desgaste pontual
Outro fator do período foi a operação policial no Rio, que deixou mortos e reacendeu debates sensíveis para a esquerda sobre segurança pública. O tema provocou idas e vindas no discurso do governo, mas seu impacto geral é incerto diante do baixo interesse popular por debates legislativos.
Quem mais aprova e quem mais reprova Lula
A aprovação é maior entre:
eleitores com 60 anos ou mais (40%)
menos escolarizados (44%)
moradores do Nordeste (43%)
católicos (40%)
A reprovação cresce entre:
eleitores com ensino superior (46%)
quem ganha de 5 a 10 salários mínimos (53%)
moradores do Sul (45%)
evangélicos (49%)
Comparação histórica mostra cenário melhor que 2024
Apesar da estabilidade, o cenário já foi mais desafiador para o presidente. Em fevereiro de 2025, após a crise do Pix e tensão política, o ótimo/bom chegou a 24%, o pior nível de seus três mandatos. Hoje, Lula tem desempenho inferior ao de seus governos anteriores, mas supera Bolsonaro, que em dezembro de 2021 registrava 53% de ruim/péssimo e apenas 22% de ótimo/bom.
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