A vereadora Luciana Novaes (PT) está internada em estado grave na UTI após apresentar complicações de saúde na última quinta-feira (4). Segundo comunicado do gabinete, a parlamentar chegou ao hospital com pulmões infiltrados e um quadro de pielonefrite, após semanas de piora decorrentes de uma fratura no ombro e outros quadros infecciosos que surgiram durante a recuperação.
A internação motivou mensagens de apoio nas redes sociais. A irmã da vereadora, Jorgiane Novaes, publicou um apelo pedindo uma corrente de oração.
“O amor da minha vida está num CTI sendo tratada. Peço a todos uma corrente de oração. Para quem gosta da Luciana, mande um vídeo, um áudio ou uma mensagem para que eu possa mostrar para ela, para que tenha força de continuar na luta”, disse em vídeo publicado nas redes de Luciana.
Familiares, amigos, colegas de partido e aliados políticos também manifestaram apoio. “Fica firme, minha amiga. Nossa bancada, nosso partido e o Rio precisam muito de você!”, escreveu o vereador Felipe Pires (PT).
“Muita força e fé! Vai dar tudo certo”, publicou João Maurício, vice-prefeito de Maricá e ex-dirigente estadual petista. O advogado Rodrigo Mondego, da Câmara dos Deputados, também prestou solidariedade: “Estou aqui mandando todas as energias positivas para a Lu se recuperar logo”.
Quadro clínico se agravou após fratura e infecções sucessivas
De acordo com o gabinete, Luciana sofreu uma fratura no ombro direito no último dia 15 de outubro, ficando imobilizada por 45 dias. Durante o período, enfrentou uma pneumonia, tratada inicialmente com antibióticos. No entanto, após o fim da medicação, voltou a ter febre. Exames detectaram uma infecção urinária e, mesmo com novas tentativas de tratamento domiciliar, não houve melhora.
Com o agravamento dos sintomas, ela foi internada na quinta-feira. Mesmo hospitalizada, a vereadora chegou a participar da sessão plenária da Câmara de forma remota, antes de ser transferida para a terapia intensiva.
Trajetória marcada por superação
Eleita para sua terceira legislatura em 2023, Luciana tem uma trajetória conhecida no Rio. Em 2003, quando cursava Enfermagem na Estácio de Sá, foi atingida por uma bala perdida que a deixou tetraplégica e dependente de ventilação mecânica. À época, os médicos chegaram a estimar apenas 1% de chance de sobrevivência.
Após quase dois anos de internação e um longo processo de reabilitação, formou-se em Serviço Social, fez pós-graduação em Gestão Pública e entrou para a política. Foi eleita vereadora pela primeira vez em 2016, tornando-se a primeira pessoa tetraplégica a ocupar uma cadeira no Palácio Pedro Ernesto.
Na Casa, tem por foco a militância pelos direitos da pessoa com deficiência, com diversos projetos aprovados voltados para o tema. Ontem (9), aliás, teve uma proposta aprovada que garante às pessoas idosas e com deficiência o direito à presença de acompanhante durante consultas e exames em unidades de saúde públicas e privadas da cidade. O texto aguarda sanção do prefeito.






