O Copom decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano nesta quarta-feira (10/12). Esta é a terceira reunião consecutiva em que o Banco Central preserva o patamar atual, movimento já antecipado pelo mercado financeiro. Após o anúncio, as atenções se voltam para possíveis sinais sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário.
A expectativa predominante entre analistas é de que os cortes comecem no primeiro trimestre de 2026, possivelmente nas reuniões de janeiro ou março. Economistas afirmam que os indicadores recentes vêm abrindo espaço para a redução dos juros, especialmente após a divulgação do IPCA de novembro.
O índice registrou alta de 0,18%, levemente abaixo da projeção de 0,2%. Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses recuou para 4,46%, voltando ao intervalo de tolerância da meta estipulada pelo Banco Central. O dado reforçou a percepção de alívio nas pressões de preços.
Mesmo com a perspectiva de cortes, projeções do Boletim Focus apontam cautela. A mediana das estimativas para a Selic no fim de 2026 subiu de 12% para 12,25%, sugerindo um ciclo menos profundo de redução. Já as previsões para o IPCA seguem dentro da meta, com expectativa de 4,40% para 2025 e 4,,16% para 2026.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 27 e 28 de janeiro, quando o colegiado decidirá se mantém a Selic estável ou inicia o primeiro corte de juros do ano.






