O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou que vai arcar integralmente com a prótese e todo o tratamento médico do delegado-assistente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Annes Dias. O agente teve uma das pernas amputada após ser baleado durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no dia 28 de setembro.
Bernardo segue internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, onde se recupera desde que foi atingido por um tiro de fuzil na coxa. O disparo lesionou a veia femoral e levou à amputação. O delegado chegou a ficar em estado gravíssimo e precisou de doações de sangue nos primeiros dias de internação.
Antes da confirmação do apoio estatal, Bernardo havia criado uma vaquinha virtual para custear a prótese e a reabilitação necessárias para retornar à ativa. A Polícia Civil informou que a família desconhecia que o governo assumiria os custos, o que foi definido na manhã desta sexta-feira (12), tornando a arrecadação desnecessária.
Em nota oficial, o governo estadual afirmou que assumirá todas as despesas relacionadas ao tratamento. O comunicado destacou o compromisso com o restabelecimento do delegado e com o apoio a profissionais da segurança pública que atuam diariamente em operações de alto risco no Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira (12), Bernardo recebeu a visita do secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, e do diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, André Neves. Durante a visita, ele foi condecorado com a Medalha Coragem, homenagem concedida exclusivamente a policiais feridos por disparos em confrontos.
A operação em que Bernardo foi baleado se tornou a mais letal da história do Brasil, com 122 mortos — cinco policiais e 117 suspeitos. Investigações apontam que parte dos suspeitos era de outros estados, como Espírito Santo, Goiás, Bahia, Amazonas e Pará, reforçando o caráter interestadual das organizações criminosas alvo da ação policial.






