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Guilherme Delaroli assume presidência interina da Alerj e inicia transição administrativa

Deputado reorganiza cargos, tenta conter turbulência política e diz que foco é “tocar a Casa” enquanto Bacellar segue afastado

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Reprodução Alerj

Até esta semana, o deputado estadual Guilherme Delaroli (PL), no primeiro mandato e primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), fazia questão de repetir ao microfone das sessões que era apenas um interino “cumprindo o rito regimental”. A presidência, dizia, continuava pertencendo ao titular Rodrigo Bacellar (União Brasil), preso e afastado após ser alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de vazamento de informações sigilosas.

Nesta quinta-feira (11/dez), o parlamentar abandonou a postura protocolar: anunciou que se mudará para o gabinete da presidência, iniciou o processo de transição administrativa e confirmou que fará mudanças na equipe de Bacellar, além de outras que considerar necessárias.

Por meio de um ato publicado no Diário Oficial extra desta sexta-feira (12), a Mesa Diretora instituiu a comissão responsável por conduzir as mudanças administrativas pelos próximos 15 dias.

A Comissão de Transição de Gestão será presidida por Luciano Martins Abreu e terá como membros Pedro Ricardo Ferreira Queiroz da Silva e Marcos Oliveira dos Santos, com apoio do diretor-geral da Alerj. Entre as informações que deverão ser repassadas ao grupo estão contratos, serviços e fornecimentos em execução, ações administrativas, contas públicas e outros dados relevantes da Casa.

Mudanças

A guinada ocorreu após o presidente afastado pedir licença de dez dias, prazo que, somado ao recesso, pode resultar em até dois meses longe do cargo. Na quarta-feira, Delaroli também se reuniu com o governador Cláudio Castro (PL), encontro que, segundo ele, tratou apenas de assuntos administrativos da Casa, sem abordar a situação de Bacellar.

Na quinta-feira, 0 dia foi foi marcado por intensa movimentação no gabinete. Delaroli recebeu parlamentares aliados de Bacellar, entre eles Rodrigo Amorim (União), líder da bancada do partido e presidente da CCJ, além de Alexandre Knoploch (PL) e Val Ceasa (PRD). O secretário-executivo do União Brasil, Márcio Bruno, também esteve na Alerj para discutir a transição das equipes.

Com 114 mil votos e base eleitoral em Itaboraí, o PM reformado e novato na política afirma estar determinado a reorganizar os cargos ligados à presidência. Diz que nomeará seu chefe de gabinete, assistente e diretor-geral da Casa, substituindo progressivamente os funcionários comissionados por pessoas de sua confiança. “Sou o presidente em exercício. Todos os cargos relacionados ao presidente têm que trabalhar comigo”, afirma.

Ele explica que a transição será conduzida conjuntamente pelas equipes. “Chamei o chefe de gabinete do presidente Bacellar e conversei com ele. Vou fazer um ato administrativo e nomear três pessoas do meu gabinete para essa transição.”

Relação com o governo e articulação com municípios

Delaroli destaca que mantém diálogo frequente com o governador Cláudio Castro, de quem é aliado. Afirma que a relação entre os poderes segue “harmoniosa” e que Castro foi fundamental para investimentos em Itaboraí. Diz também que a articulação política para o próximo ano não está no seu radar. “Nunca fui político. Não tinha pretensão de ser. Essa parte de candidato, de lançar quem vai ter voto, deixo com eles.”

Prefeitos já começaram a procurá-lo. O deputado menciona o projeto aprovado na Alerj que destina economias da Casa aos 92 municípios, iniciativa relatada por Rodrigo Amorim e que, segundo ele, deve resultar no repasse de recursos em breve. O tema foi discutido no encontro com o governador.

Sobre Bacellar, Delaroli afirma não ter conversado com ele desde a prisão. Espera, no entanto, que o diálogo ocorra quando o presidente afastado retornar da licença. “Ele deve reassumir as atividades parlamentares. Essa transição está sendo feita agora.”

Impactos pessoais e visão sobre o comando

Ao refletir sobre sua inesperada ascensão à presidência interina, Delaroli diz que a nova função não altera substancialmente sua atuação, embora traga desafios. “Foi tudo muito em cima. Não esperava essa guinada brusca na minha vida”, afirma.

Com tom descontraído, procura reforçar a imagem de simplicidade. “Eu sou um cara simples, xucro e da roça. Entendo de cavalo e de asfalto”, diz. Reforça que pretende manter equilíbrio entre as bancadas e priorizar o andamento das pautas, evitando embates ideológicos que, segundo ele, prejudicam o Parlamento. “Sempre fui de direita, mas não vou fazer discurso radical.”

No campo pessoal, admite sentir falta do trabalho na rua. “Confesso que ser presidente atrapalha um pouco o que eu mais gosto: estar na obra, no canteiro com meu irmão Marcello, que é prefeito de Itaboraí. Agora me vejo dentro da Alerj, tendo que analisar projetos e dialogar com todos os deputados.” Ainda assim, afirma estar disposto a se adaptar. “É tudo muito novo para mim, mas vamos pegando o jeito.”