Manifestantes realizaram atos pelo país, neste domingo (14/12), contra a anistia a envolvidos no 8 de Janeiro e o projeto de lei que reduz o tempo de prisão de condenados por tentativa de golpe de Estado, o chamado “PL da Dosimetria”.
Houve manifestações em todas as capitais, de tamanhos diferentes. Em alguns locais, a mobilização começou pela manhã; em outros, à tarde, com caminhadas por avenidas importantes, apoio de carros de som, shows e faixas e cartazes com palavras de ordem e críticas ao Congresso Nacional.
Manifestação no Rio de Janeiro
O protesto no Rio teve, no ápice, 18,9 mil pessoas, segundo cálculo da equipe do Monitor do Debate Político e a ONG More in Common, que consiste em usar imagens da multidão capturadas por drones.
Um ato reuniu manifestantes na Orla de Copacabana na tarde deste domingo. A mobilização foi convocada pela Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, 243 Artes, centrais sindicais e movimentos sociais.
Os manifestantes se reuniram no Posto 5, com faixas que pediam a manutenção da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e com críticas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).
A contagem no ato, intitulado “Ato Musical/Congresso Inimigo do Povo”, foi feita no momento de pico da manifestação, às 17h, a partir de fotos aéreas analisadas com software de Inteligência Artificial. A margem de erro de 12% indica um público entre 16,7 mil e 21,2 mil participantes.
Além dos discursos, o ato também teve apresentações musicais de artistas que apoiavam as causas do protesto. Por volta das 16h, Gilberto Gil e Xamã chegaram ao local. Caetano Veloso foi o primeiro a se apresentar, às 16h30.
Em seguida se apresentaram Duda Beat, Tony Bellotto, Fernanda Abreu, Lenine, Leila Pinheiro, Fafá de Belém, Xamã, Baco Exu do Blues, Chico Buarque, Moreno Veloso, Paulinho da Viola e Gilberto Gil. A atriz Fernanda Torres fez um discurso e Paulo Vieira apresentou a parte musical.
PL da Dosimetria
O PL da Dosimetria, já aprovado na Câmara e em análise no Senado, unifica o crime de golpe de Estado com o de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e reduz o tempo para progressão de pena. Se aprovado, pode diminuir a prisão de Jair Bolsonaro. O texto ainda pode mudar na CCJ, mas a expectativa é votá-lo ainda este ano.






