O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta terça-feira (16) a transferência do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, para um presídio federal. A unidade para onde ele será levado ainda não foi definida.
Atualmente, TH Joias está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde permanece desde setembro, quando foi deflagrada a Operação Zargun. A decisão do STF ocorre no contexto do avanço das investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Também nesta terça-feira, com base em mandados expedidos por Alexandre de Moraes, a Polícia Federal realizou a segunda fase da Operação Unha e Carne. A ação apura suspeitas de vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun. Nesta nova etapa, foi preso o desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
TH Joias foi preso durante a Operação Zargun em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital. A ação foi conduzida pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil, por meio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no estado.
Segundo as investigações, o ex-deputado teria utilizado o mandato parlamentar para favorecer o crime organizado, intermediando negociações envolvendo drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados ao Complexo do Alemão. Ele também é acusado de ter indicado a esposa de Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão, para um cargo na Assembleia Legislativa do Rio. Índio do Lixão é apontado como traficante e foi preso na mesma operação.
A Operação Zargun cumpriu 18 mandados de prisão preventiva, sendo 15 efetivamente executados, além de 22 mandados de busca e apreensão em endereços da Barra da Tijuca, Freguesia e Copacabana. Na sede da Alerj, agentes federais recolheram um malote com materiais apreendidos.
A investigação apura a existência de um esquema para antecipar informações sigilosas das ações policiais, o que pode ter beneficiado integrantes do grupo alvo da operação.






