A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (15), uma série de decisões que restringem a venda de produtos falsificados e irregulares em todo o país. Entre os itens atingidos estão produtos que prometiam efeitos terapêuticos sem comprovação, como o chamado “Mounjaro natural” e suplementos que alegavam tratar candidíase, prática proibida pela legislação sanitária.
As medidas determinam a suspensão da comercialização, distribuição, fabricação, divulgação e consumo dessas marcas em todo o território nacional. A Anvisa também orientou que consumidores interrompam imediatamente o uso dos produtos listados e que pontos de venda físicos e digitais retirem os itens de seus estoques.
Entre os produtos proibidos estão todos os lotes do medicamento clandestino da marca Seiva Real, conhecido por divulgar o “Mounjaro natural”; todos os produtos da empresa Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos; o produto clandestino Ex Magrinha; Ex Magro(a), de origem desconhecida; todos os itens da empresa R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais; todos os lotes do suplemento Candfemm; e o lote 071A do suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
No caso do “Mounjaro natural”, a Anvisa destacou que o produto não possui registro e vinha sendo divulgado nas redes sociais como alternativa ao medicamento original usado no tratamento do diabetes e do emagrecimento. Segundo o órgão, além de não ser autorizado, o item alegava propriedades terapêuticas que não possui.
A fiscalização também atingiu o Ex Magrinha; Ex Magro(a), apresentado como suplemento alimentar, mas enquadrado como medicamento falso. A Anvisa alertou que produtos com apelo ao emagrecimento costumam circular amplamente no ambiente digital, explorando expectativas do público, mesmo sem qualquer avaliação de segurança ou eficácia.
Já a empresa R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais teve toda a sua linha suspensa após resultado insatisfatório em inspeção de boas práticas de fabricação. A agência explicou que falhas nesse processo comprometem a qualidade e a segurança dos produtos.
Outro caso envolve o suplemento Candfemm, que prometia “eliminar a candidíase”. De acordo com a Anvisa, suplementos alimentares não podem fazer alegações terapêuticas, especialmente sem registro ou autorização sanitária.
A Anvisa reforçou que irregularidades sanitárias representam risco à saúde pública e que produtos sem comprovação científica ou autorização não devem ser consumidos pela população.






