Forças dos Estados Unidos interceptaram um terceiro navio petroleiro nas proximidades da Venezuela, numa ação que compõe a escalada de pressão de Washington sobre Caracas, informaram agências internacionais como Reuters e Bloomberg — integrando uma série de operações navais desencadeadas nas últimas semanas.
O novo navio abordado seria o Bella 1, embarcação com bandeira panamenha sancionada pelo governo norte-americano, que se dirigia à Venezuela para carregar petróleo. A interceptação ocorre em um contexto de forte mobilização militar dos EUA no Mar do Caribe e segue outras duas ações recentes: a apreensão do superpetroleiro Centuries no sábado (20) e a do Skipper em 10 de dezembro.
EUA dizem que petróleo financia atividades ilícitas
Autoridades dos Estados Unidos, incluindo a Guarda Costeira e o Departamento de Segurança Interna, não detalharam o local exato da operação, mas confirmaram que a abordagem ocorreu em águas internacionais e faz parte de uma campanha mais ampla para interromper o transporte de petróleo que, segundo Washington, financia atividades ilícitas ligadas ao regime de Nicolás Maduro.
A interceptação de embarcações no Caribe acontece depois que o presidente Donald Trump ordenou um “bloqueio total e completo” de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela, medida que intensifica as sanções sobre o setor energético venezuelano e amplia a pressão sobre a economia do país sul-americano.
Reação de Caracas e desdobramentos diplomáticos
O governo venezuelano condenou a operação de forma veemente, classificando-a como “roubo e sequestro” e ato de pirataria internacional, segundo comunicado oficial divulgado em Caracas. As autoridades de Nicolás Maduro também alegaram que a interceptação incluiu o desaparecimento forçado da tripulação e anunciaram que levarão o caso ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e a outras instâncias internacionais.
Caracas ressaltou ainda que o que considera práticas “colonialistas” de Washington não sairão impunes, com o governo venezuelano prometendo respostas e alianças com parceiros internacionais para enfrentar o que chama de “agressão”.






