A Serra de Paracambi voltou a ser liberada para o tráfego após a conclusão das obras de recuperação realizadas pelo Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ). As intervenções foram necessárias depois dos danos causados pelas fortes chuvas de 2024, que comprometeram trechos da RJ-127 e levaram à interdição da rodovia por risco de deslizamentos.
Ao todo, mais de R$ 100 milhões foram investidos em um conjunto de obras que beneficia diretamente os municípios de Paracambi, Mendes e Engenheiro Paulo de Frontin, além de melhorar a mobilidade regional no Centro-Sul Fluminense. A rodovia é considerada estratégica tanto para o deslocamento diário da população quanto para o transporte de mercadorias.
Os serviços incluíram a construção de 20 pontos de contenção de encostas, melhorias no sistema de drenagem, nova pavimentação, reforço da sinalização e a implantação de uma ponte com cerca de 150 metros de extensão. Parte das intervenções foi concentrada em áreas completamente destruídas pelas chuvas, enquanto outros trechos receberam obras preventivas para reduzir o risco de novos deslizamentos e interdições em períodos de instabilidade climática.
De acordo com o presidente do DER-RJ, Pedro Ramos, o maior desafio foi executar uma obra de grande porte sem interromper totalmente a circulação na região. Segundo ele, o trabalho foi conduzido com agilidade e responsabilidade, priorizando a segurança da população e a manutenção da mobilidade regional, já que a Serra de Paracambi é um trecho essencial para o Centro-Sul Fluminense.
Durante o período das obras, a RJ-127 chegou a ser totalmente interditada por questões de segurança. No entanto, o monitoramento constante permitiu, em alguns momentos, a liberação do sistema “pare e siga”, reduzindo os impactos para os motoristas que utilizam a estrada diariamente.
A reabertura da serra também traz reflexos positivos para a economia local. Comerciantes da região já relatam a retomada gradual do fluxo de clientes, principalmente turistas e viajantes que passam pela rodovia. Para quem vive do comércio às margens da estrada, a expectativa é de recuperação após os prejuízos causados pela interdição.
Além das melhorias viárias, o projeto incluiu ações de recuperação ambiental, com o plantio de cerca de 6 mil mudas de espécies nativas. A iniciativa contribui para a recomposição da vegetação, a estabilização do solo e a redução de processos erosivos ao longo da serra, aliando infraestrutura e preservação ambiental.






