Pelo menos 8 mil novos documentos relacionados ao caso do falecido financista e criminoso sexual Jeffrey Epstein foram publicados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta terça-feira. Esses novos arquivos contêm centenas de vídeos e áudios, entre eles imagens de vigilância de agosto de 2019, quando Epstein foi encontrado morto em sua cela, segundo a análise da AFP.
Milhares de documentos já haviam sido divulgados ao longo do último fim de semana em cumprimento a uma exigência legal aprovada recentemente pelo Congresso americano. A liberação ocorreu de forma escalonada, imediatamente antes e no próprio limite do prazo estabelecido pela nova legislação.
A divulgação decorre de uma lei de transparência aprovada em novembro, que determinou a publicação de todo o material sob posse do departamento relacionado ao caso até sexta-feira, 19 de dezembro. No entanto, no próprio dia do vencimento do prazo, o vice-procurador-geral Todd Blanche afirmou que os documentos não seriam disponibilizados de uma só vez.
Os primeiros arquivos foram organizados em sete lotes distintos, publicados entre a sexta-feira e o sábado. O volume dos pacotes variou significativamente. A maior parte do material foi disponibilizada em subpastas que reúnem fotografias individuais e arquivos contendo páginas de documentos digitalizados.
Grande parte dos registros, porém, apresenta extensas censuras. De acordo com informações da rede BBC, há trechos ocultos e, em alguns casos, páginas inteiras cobertas por tarjas pretas, o que impede a leitura do conteúdo original.
Segundo o Departamento de Justiça, todos os documentos divulgados fazem parte de materiais reunidos durante duas investigações criminais federais distintas envolvendo Jeffrey Epstein. Não se trata, portanto, de novas provas ou informações recentemente coletadas, mas de arquivos já existentes que passaram a ser tornados públicos por força da nova lei.
O departamento ressaltou ainda que a divulgação não deve ser confundida com outros conjuntos de documentos já disponíveis em domínio público. Antes mesmo desse fim de semana, dezenas de milhares de páginas de provas relacionadas a investigações federais sobre Epstein já haviam sido liberadas.
Além disso, na quinta-feira, 18 de dezembro — um dia antes do prazo legal —, os democratas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes divulgaram 68 fotografias obtidas por meio de intimação judicial, provenientes do espólio de Epstein.






