Um relatório divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) aponta que o cinema brasileiro participou da produção de 242 filmes em regime de coprodução internacional entre os anos de 2015 e 2024. Essas obras, realizadas em parceria com produtoras estrangeiras, correspondem a 10,4% do total de filmes brasileiros lançados para exibição em salas de cinema no período.
Do total de coproduções identificadas, 183 são longas-metragens de ficção, 53 documentários e seis animações. Os dados foram publicados no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA) e fazem parte do estudo Panorama de Coproduções Internacionais entre o Brasil e outros países.
Recorte do estudo
O levantamento considera apenas obras audiovisuais não publicitárias, de longa-metragem, com destinação inicial ao circuito comercial de salas de cinema. O objetivo é analisar de forma específica o impacto das coproduções internacionais no mercado exibidor brasileiro.
Parcerias internacionais
A pesquisa revela ampla diversidade geográfica nas parcerias, com a participação de 37 países ao longo da última década. A Argentina lidera como principal parceira do Brasil, com 68 filmes coproduzidos, seguida por Portugal, com 49, e França, com 48 produções conjuntas.
Também se destacam o Uruguai, com 22 longas-metragens, e a Alemanha, com 21. Além disso, o estudo registra parcerias com países como Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul, Japão e Índia, entre outros.
Importância estratégica
De acordo com a Ancine, as coproduções internacionais se consolidaram como um elemento estratégico para o audiovisual brasileiro, ao facilitar a captação de recursos, ampliar as possibilidades de financiamento e fortalecer a distribuição das obras em novos mercados, contribuindo para a projeção do cinema nacional no cenário internacional.






