A Polícia Nacional do Paraguai entregou, na noite desta sexta-feira (26/12), o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques às autoridades brasileiras. A transferência ocorreu na Ponte da Amizade, na fronteira entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (PR), onde ele passou à custódia da Polícia Federal.
Vasques havia sido preso horas antes no Aeroporto Internacional de Assunção, ao tentar embarcar para El Salvador utilizando documentos paraguaios falsos. Ele será encaminhado a Brasília para cumprir determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-dirigente da PRF chegou à aduana algemado e com a cabeça coberta por um capuz, procedimento padrão adotado pela polícia paraguaia em casos de expulsão. Diferentemente de uma extradição, que pode levar meses, o Paraguai optou pela expulsão administrativa, baseada nos crimes de entrada irregular no país e uso de identidade falsa.
Segundo a Polícia Federal, a tentativa de fuga foi planejada. Condenado há cerca de dez dias pelo STF a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento na trama golpista de 2022, Silvinei cumpria prisão domiciliar em São José (SC). Na véspera de Natal, ele deixou o imóvel, rompeu a tornozeleira eletrônica e seguiu viagem com documentos emitidos em nome falso.
Após a confirmação da fuga, o ministro Alexandre de Moraes determinou a conversão da medida em prisão preventiva. Silvinei Vasques foi condenado por integrar o grupo que utilizou a estrutura da PRF para dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente no Nordeste, durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.






