A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revelou que o Comando Vermelho (CV) está presente em todos os confrontos de facções criminosas no país. Segundo o coordenador-geral de análise de conjuntura da Abin, Pedro de Souza Mesquita, o grupo se expandiu a partir da década de 2010 e consolidou sua presença nacional.
Durante audiência no Senado, Mesquita explicou que o processo começou após a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio. A transferência de líderes para fora do estado teria impulsionado a atuação da facção em novas regiões.
Mapeamentos da Abin mostram que, desde 2013, o CV chegou a estados como Pará, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins. Hoje, mantém atuação em Roraima e Amapá, além de presença em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A expansão se deu por alianças com grupos locais contrários ao avanço do PCC. O Comando Vermelho oferecia acesso a armas, drogas e uma estrutura descentralizada, ampliando sua influência e transformando comunidades do Rio em refúgio para criminosos de outros estados.
A Abin também apontou que o Terceiro Comando Puro (TCP) vem reproduzindo a mesma estratégia. A facção, rival do CV, já atua em pelo menos dez estados e preocupa as autoridades por disseminar uma “lógica fluminense” de criminalidade em escala nacional.






