Ouça agora

Ao vivo

Play
Pause
Sorry, no results.
Please try another keyword
Flamengo pode lucrar R$ 66 milhões com venda de Muniz
Esportes
Flamengo pode lucrar R$ 66 milhões com venda de Muniz
Vasco acerta venda de João Victor ao CSKA Moscou
Esportes
Vasco acerta venda de João Victor ao CSKA Moscou
Temperaturas seguem baixas na cidade, mesmo com fim da onda de frio
Mais Quentes
Temperaturas seguem baixas na cidade, mesmo com fim da onda de frio
Fachin e Moraes serão os novos presidente e vice-presidente do STF
Brasil
Fachin e Moraes serão os novos presidente e vice-presidente do STF
Prefeitura abre inscrições para blocos do carnaval 2026
Rio de Janeiro
Prefeitura abre inscrições para blocos do carnaval 2026
Grécia enfrente mais de 20 grandes incêndios simultâneos
Mundo
Grécia enfrente mais de 20 grandes incêndios simultâneos
Treze alunos de escola de Duque de Caxias são diagnosticados com hepatite A
Baixada Fluminense
Treze alunos de escola de Duque de Caxias são diagnosticados com hepatite A

Agenersa notifica concessionária Iguá sobre multa em obra da estação da Barra

A multa é de R$ 124,2 milhões por irregularidades na obra que levaram ao despejo de esgoto in natura no mar

Siga-nos no

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado (Agenersa) notificou a concessionária Iguá para apresentar defesa prévia contra a aplicação de multa no valor de R$ 124,2 milhões.

A punição seria aplicada por causa de irregularidades constatadas nas obras e na operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra da Tijuca. A concessionária estaria descumprindo a legislação específica e as obrigações previstas no contrato de concessão.

Relatório jurídico assinado em junho deste ano por Marcus Vinicius Barbosa, procurador-geral da Agenersa, concluiu que as irregularidades na execução da reforma da ETE da Barra podem levar até a empresa a perder o direito de explorar os serviços. O texto foi baseado na vistoria feita pela Câmara Técnica de Saneamento (Casan) da Agenersa.

Para fazer a obra, a Iguá parou a estação em dezembro de 2023 e, desde então, passou a despejar esgoto in natura no mar, por um sistema de bypass. Calcula-se que foi despejado no mar o equivalente a uma piscina olímpica de esgoto não tratado a cada 11 minutos.

Segundo a análise do procurador, ficou caracterizado o descumprimento de normas técnicas e contratuais, além de impactos ambientais significativos. Foi com base neste relatório jurídico, que a Agenersa decidiu multar a empresa.

Além disso, Polícia Civil abriu inquérito por crime ambiental. A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa também acionou o Ministério Público e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), pedindo que a concessionária responda por danos à natureza.

A concessionária informou que responderá sobre a multa e demais questionamentos da Agenersa com a competente apresentação de defesa prévia. “Esclarece, ainda, que todos os ritos de licenciamento para as obras de ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra foram cumpridos e comunicados à Agenersa e ao Inea e que investe R$ 170 milhões em obras para que a ETE tenha condições de funcionamento”, diz o comunicado da empresa.

Na ocasião do parecer jurídico, a Iguá já tinha divulgado nota oficial, afirmando que, em sistemas de saneamento, o bypass é utilizado durante obras ou manutenções da ETE, garantindo que o fluxo de esgoto não seja interrompido. E que, no caso da ETE da Barra, era a única solução possível durante as obras de ampliação e melhorias.

“As demais soluções seriam inviáveis e impossibilitariam a execução da obra”.

A concessionária garantiu que faz o monitoramento da água do mar na área do emissário submarino e na praia da Barra da Tijuca desde o início de sua operação, em fevereiro de 2022, e que, ao longo da obra de modernização e ampliação da ETE, iniciada em dezembro de 2023, não identificou alterações nos padrões de qualidade da água em comparação com as análises anteriores.

Por fim, lembra que a obra vai ampliar em 50% a capacidade de tratamento do esgoto na região de 19 bairros da Zona Oeste, na área que compreende Barra, Jacarepaguá e Vargens, impactando mais de 1,2 milhão de pessoas.