Após recuperar trechos poluídos da Zona Sul, a Águas do Rio volta suas atenções à Ilha do Governador, com investimentos de R$ 11,4 milhões em obras de saneamento que fazem parte do plano de recuperação da Baía de Guanabara. A Estação de Tratamento de Esgoto da Ilha (ETIG) foi reformada e coletores a tempo seco estão sendo instalados, evitando o despejo direto de esgoto no mar. A meta é tornar próprias para banho as praias da Bica, Guanabara e Engenhoca até o fim de 2026.
O projeto inclui cinco novos pontos de coleta distribuídos entre a Praia de São Bento e os bairros Portuguesa, Moneró e Jardim Guanabara, com conclusão prevista para junho de 2026. A estimativa é que mais de 4,9 milhões de litros de água contaminada deixem de atingir diariamente a baía, volume equivalente a duas piscinas olímpicas.
Segundo Sinval Andrade, diretor institucional da Águas do Rio, a interceptação do esgoto permitirá que a natureza inicie um processo gradual de regeneração. Ele destaca que, como ocorreu na Zona Sul e em Paquetá, os resultados virão de forma progressiva, com avanços perceptíveis já a partir de 2026.
Desde 2024, a concessionária intensificou ações na Ilha do Governador para eliminar ligações clandestinas e reparar a rede de drenagem. Até agora, 249 pontos irregulares de despejo foram removidos e mais de duas mil desobstruções realizadas, reforçando o compromisso com a limpeza da orla e a melhoria da qualidade da água.
A ampliação da capacidade da ETIG faz parte do planejamento estratégico da Águas do Rio, que investiu R$ 5,1 bilhões nos primeiros quatro anos de operação e projeta aportes de R$ 19 bilhões até 2033. O objetivo é universalizar o saneamento no estado, com 99% de abastecimento de água tratada e 90% de coleta e tratamento de esgoto nas áreas urbanas.






