O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), definiu para o dia 10 de dezembro a sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal. A votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) está prevista para ocorrer no mesmo dia, seguindo o calendário estabelecido pela Casa.
A escolha de Messias não agradou Alcolumbre, que defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga no STF. O advogado-geral da União, porém, era o favorito de Lula há meses, desde antes da saída de Luís Roberto Barroso da Corte. Apesar da preferência divergente, o presidente do Senado afirma que está conduzindo o processo dentro da normalidade institucional.
Ao anunciar a data da sabatina, Alcolumbre também buscou rebater especulações de que teria pautado projetos como forma de retaliação ao governo após a decisão de Lula. Segundo ele, não há conflito com o Planalto e sua atuação segue critérios técnicos. “Jamais tomaria iniciativa em retaliação a qualquer coisa que seja. Tenho tranquilidade sobre minha postura”, declarou.
O senador reforçou ainda que suas atribuições como presidente do Congresso serão cumpridas independentemente de divergências políticas. Ele confirmou uma sessão conjunta para quinta-feira, 27, dedicada à análise de vetos presidenciais, destacando que a pauta segue o fluxo regular de tramitação.
O cronograma apertado para a sabatina é considerado um desafio para o governo, que terá pouco mais de duas semanas para articular os 41 votos necessários à aprovação do nome de Messias no plenário. A indicação enfrenta resistência da oposição e até de parte da base aliada, o que deve intensificar as negociações nas próximas semanas.






