No ano passado, o aluguel por temporada no município do Rio movimentou R$ 9,9 bilhões, segundo um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No estado, o impacto do Airbnb, principal plataforma de hospedagem do mundo, foi de R$ 17,8 bilhões.
Segundo a FGV, para cada R$ 10 gastos com hospedagem, outros R$ 52 são direcionados a setores como transporte, alimentação, comércio e entretenimento. Na cidade do Rio, em 2024, essas despesas extras representaram R$ 2,9 bilhões em renda adicional para diversos negócios, sustentando 61,6 mil empregos. Por outro lado, os anfitriões, donos dos imóveis, somaram uma renda complementar de R$ 1 bilhão.
“O turismo tem uma força muito grande para a economia do Rio. E o estudo reforça a importância desse ecossistema com as hospedagens por temporada e sua relevância na arrecadação de receita, tanto para os diversos setores quanto para quem coloca seu imóvel na plataforma”, disse Fiamma Zarife, diretora-geral do Airbnb para a América do Sul.
Hoje, 55% das pessoas que colocam seus imóveis para alugar são mulheres. Além disso, 30% são aposentados. Fiamma lembra ainda que quase 45% dos anfitriões pagam as suas contas com a renda que obtém na plataforma, cujos ganhos têm incidência de Imposto de Renda, que pode chegar a 27,5%, conforme a faixa de renda.
Segundo a executiva, o Rio de Janeiro é um dos principais destinos do Brasil, um dos países com maior crescimento global da empresa. No primeiro trimestre deste ano, houve alta de 27%, ritmo que se manteve no segundo trimestre.
Apesar do impacto econômico, o Airbnb vem sendo alvo de regulamentação em diversas cidades do mundo, como Nova York, nos Estados Unidos, e Barcelona, na Espanha. No Rio, também há discussões na Câmara dos Vereadores.