O prédio que abrigou a maternidade Pro Matre por quase 90 anos, entre 1919 e 2009, na Avenida Venezuela, na Praça Mauá, ganhará um novo destino: será transformado no Rio-África, um centro cultural dedicado a celebrar e preservar as diversas expressões da diáspora africana.
A criação do equipamento integra o programa Praça Onze Maravilha, anunciado pelo prefeito Eduardo Paes nesta quinta-feira (20), durante as comemorações do Dia da Consciência Negra, realizadas na quadra da Estácio de Sá. Em seu discurso, Paes destacou a importância simbólica da região, marcada pela herança da Pequena África e pela força histórica da cultura negra no Rio.
“Nesse dia nacional da consciência negra, dia de Zumbi, temos a responsabilidade de estar à altura do presente e do legado de uma cidade que canta e conta suas histórias. A missão é investir na Praça XV, no Sambódromo e nesta região que também é Pequena África”, afirmou o prefeito.
A cerimônia teve apresentação de Elisa Lucinda e contou com a presença de Conceição Evaristo, além de sambistas, produtores culturais, secretários municipais e autoridades. A bateria da Estácio de Sá e o grupo Trio Júlio ficaram responsáveis pelos shows.
A antiga Pro Matre havia sido adquirida pela construtora Cury, que planejava construir um empreendimento residencial no terreno. O projeto foi vetado pelo Iphan devido à proximidade com o Cais do Valongo, patrimônio da humanidade e ponto central da memória da população negra no país. Com o impedimento, o imóvel foi cedido ao município, que pretende inaugurar o Rio-África até 2028.






