O projeto do governo federal que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, aprovado pela Câmara dos Deputados e agora em análise no Senado, é conhecido por 67% dos brasileiros, segundo a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8).
O percentual representa aumento de 11 pontos em relação ao levantamento de junho, quando a pergunta foi feita pela última vez.
A aprovação à iniciativa também subiu: 79% dos entrevistados dizem apoiar a medida, quatro pontos a mais que em julho.
A proposta foi promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 e é vista como uma das principais bandeiras de seu governo na tentativa de reeleição em 2026.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Otimismo e efeitos esperados
Segundo o levantamento, 41% dos entrevistados acreditam que a isenção trará “melhora importante” em suas vidas — eram 33% em março.
Outros 49% esperam apenas “melhora pequena”.
Além disso, 64% concordam com a elevação de impostos sobre os mais ricos para compensar a renúncia fiscal, enquanto 29% discordam.
A diferença entre os dois grupos cresceu de 26 para 35 pontos desde julho.
Aprovação ao governo Lula
A pesquisa também registrou oscilação positiva na aprovação ao governo Lula, puxada pelos brasileiros de renda mais alta.
Entre quem ganha acima de cinco salários mínimos, a aprovação subiu sete pontos, chegando a 45%, enquanto 52% ainda desaprovam o governo.
No cenário geral, há empate técnico entre aprovação (48%) e desaprovação (49%).
O saldo negativo, que era de dez pontos em julho, caiu para um ponto neste mês.
Percepção econômica
Em relação à economia, houve pouca mudança na percepção sobre o poder de compra nos supermercados.
Os dados positivos vêm do otimismo com os próximos 12 meses: 43% acham que a economia vai melhorar, três pontos a mais que em setembro; 35% projetam piora, dois pontos a menos.
A proporção dos que acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses caiu de 48% para 42%, enquanto 35% afirmam que ela ficou igual e 21% veem melhora — número que permaneceu estável.