Uma bala de canhão de ferro maciço, ligada à invasão francesa de 1711, passou a integrar oficialmente o patrimônio cultural do Rio de Janeiro. O artefato foi declarado de utilidade pública em decreto publicado no Diário Oficial do Município, que determina sua desapropriação pelo poder público.
O decreto, assinado pelo prefeito Eduardo Paes, reconhece a peça como remanescente de um dos episódios mais marcantes da história colonial carioca: o ataque francês comandado por René Duguay-Trouin, que saqueou a cidade e impôs um resgate para sua libertação. A bala de canhão passa a ser considerada um bem portador de referência à identidade, ação e memória da sociedade carioca, conforme o artigo 216 da Constituição Federal.
A desapropriação transforma o artefato de um objeto de colecionador em testemunha concreta da história do Rio, refletindo a relação da cidade com seu território, sua defesa e sua memória.






