O Banco Central (BC) autorizou, nesta quinta-feira (03/07), a retomada parcial dos serviços da C&M Softwares. A empresa, responsável por integrar os sistemas de instituições financeiras ao do BC, foi alvo de um ataque hacker que resultou no desvio de ao menos R$ 800 milhões de contas de oito instituições.
Segundo o BC, a suspensão cautelar dos serviços da empresa foi substituída por uma suspensão parcial.
“A decisão foi tomada após a empresa adotadas medidas para mitigar a possibilidade de ocorrência de novos incidentes”, diz a autoridade monetária em nota.
Conforme determinação do Banco Central, as operações da C&M agora poderão ser reestabelecidas em dias úteis, das 6h30 às 18h30, com o fortalecimento do monitoramento de fraudes e limites transacionais.
Em nota divulgada nesta quinta, a C&M diz que obteve autorização para restabelecer as operações do Pix “sob regime de produção controlada”.
“Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados”, escreve a empresa.
Por meio do ataque aos sistema da C&M nesta quarta, criminosos conseguiram desviar recursos de contas de oito instituições financeiras, no valor de ao menos R$ 800 milhões, segundo relatos de pessoas a par do assunto. O ataque cibernético já é considerado o maior da história dentro do BC.
A C&M atende instituições financeiras de pequeno porte, que não têm acesso direto aos sistemas do Pix. No total, a empresa fazia essa conexão para 22 bancos, instituições de pagamento, cooperativas, e sociedades de crédito, entre outros.
O BC, assim que foi informado do incidente, determinou o desligamento das conexões da C&M. Dessa forma, as instituições clientes também ficaram sem acesso ao Pix e terão de procurar, por ora, outros prestadores de serviços para fazer essa conexão com os sistemas do BC.