O ministro Luís Roberto Barroso encerrou nesta quinta-feira (25/9) sua gestão à frente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com um discurso em defesa da democracia e do papel da Corte como guardiã da Constituição.
A presidência do tribunal será transmitida a Edson Fachin na próxima segunda-feira (29/9), em cerimônia no Palácio do STF, em Brasília.
Barroso afirmou que deixa o comando da Corte com “a bênção de ter servido ao país” e destacou que o Supremo, apesar das pressões políticas e do custo pessoal imposto a seus integrantes, foi essencial para assegurar a estabilidade institucional desde a Constituição de 1988.
A última sessão ordinária presidida por Barroso, no entanto, teve ausências notadas. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça, representantes da ala conservadora do tribunal e frequentemente posicionados em votos contrários em pautas caras a Luís Roberto Barroso, não participaram presencialmente da despedida.
Festa de despedida
Após a sessão de despedida da presidência do Supremo Tribunal Federal, Barroso participou de um jantar em sua homenagem em Brasília e subiu no palco para discursar e cantar clássicos do samba, como “É Hoje”, samba-enredo da União da Ilha.
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A festa foi organizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e o Conselho dos Presidentes dos Tribunais de Justiça (Consepre).
O evento foi pequeno e teve a participação apenas de integrantes do gabinete de Barroso no STF e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na véspera, o ministro havia reunido os colegas do Supremo para um jantar em sua residência.