O ambiente político do Fluminense ferve nos bastidores. Em meio às articulações para a próxima eleição presidencial, o bilionário Pedro Antônio Ribeiro — que mantém conversas frequentes com Ademar Arrais — deve desembarcar no Brasil na próxima semana.
A Agência RTI Esporte apurou que a expectativa é de que, pela primeira vez desde a gestão de Pedro Abad, ele se posicione publicamente a favor de um candidato. A movimentação ocorre após a entrada de Rafael Rolim na chapa de Ademar Arrais, o que aproximou as partes.
Caso eleito, Ademar Arrais pretende integrar Pedro Antônio Ribeiro à sua gestão, aproveitando sua experiência e perfil técnico para revitalizar setores administrativos do clube que, segundo fontes internas, “respiram por aparelhos”.
A composição indica um projeto de reconstrução mais ambicioso. Outro ponto central nas conversas tem sido a questão da SAF. O modelo defendido pela atual gestão, sob o comando de Mattheus Montenegro e Mário Bittencourt, é frontalmente rejeitado por Pedro Antônio.
Há pelo menos dois anos, ele estuda alternativas para uma reestruturação societária menos dependente de investidores externos e mais alinhada à identidade histórica do Tricolor das Laranjeiras.
Ainda segundo apurou a reportagem, há um tema incômodo, em meio às articulações políticas, que segue sem resposta: a dívida superior a R$ 7 milhões que o clube mantém com Pedro Antônio, responsável pela construção do Centro de Treinamento Carlos Castilho.
O valor não inclui juros nem correções e, até hoje, nunca foi tratado oficialmente pela atual administração. Durante a segunda gestão de Mário Bittencourt, o assunto permaneceu fora de qualquer pauta, alimentando rumor sobre um possível rompimento definitivo.
Pessoas próximas ao ex-dirigente afirmam que o silêncio se transformou em mágoa, e o tempo apenas ampliou o abismo entre as partes. Num cenário de descaso, tensão e disputas internas, o Fluminense chega ao fim de 2025 com feridas abertas — financeiras e políticas.
Quem é Pedro Antônio Ribeiro?
Antes de tudo, Pedro Antônio Ribeiro é empresário do setor de construção civil e ex-vice-presidente de Projetos Especiais do Fluminense. Foi o responsável por idealizar e financiar a construção do Centro de Treinamento Carlos Castilho.
O projeto, na maioria custeado com recursos próprios, gerou uma dívida de cerca de R$ 7 milhões que o Fluminense nunca quitou integralmente. Desde então, ele se tornou uma figura influente nos bastidores, conhecido por sua postura crítica e visão gerencial moderna.
Defensor de um modelo alternativo de SAF, ele se afastou da gestão de Mário Bittencourt após divergências políticas e pelo descaso com o débito referente ao CT. Mesmo fora da diretoria, mantém-se ativo nas discussões sobre o futuro institucional do clube.






