A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana iniciou a instalação da biometria facial no sistema ferroviário, em parceria com a SuperVia e a Mais.Mobi. O projeto piloto começou na estação Central do Brasil, que recebeu dois equipamentos no acesso aos trens. A expansão também alcança o metrô e as barcas.
A medida tem foco no combate ao uso indevido do Bilhete Único Intermunicipal e das gratuidades. Apenas em 2025, o sistema identificou 2,5 milhões de tentativas de fraude e gerou o bloqueio de mais de 113 mil cartões. A tecnologia faz parte do processo de aprimoramento do controle de benefícios.
A biometria já está presente em todos os ônibus e vans intermunicipais, além das barcas na Praça XV, onde segue em fase de ampliação. No metrô, a Central do Brasil foi a primeira a receber os equipamentos, que agora também estão nas estações Uruguaiana e Carioca. O sistema deve chegar a todo o modal.
Priscila Sakalem, representante da Setram, destaca que a presença da biometria em diferentes meios reforça a transparência e ajuda a garantir os direitos de quem tem acesso ao BUI e às gratuidades. Segundo ela, o monitoramento reduz fraudes e melhora a eficiência operacional. A iniciativa também facilita a gestão de gastos públicos.
O Bilhete Único Intermunicipal e as gratuidades são pessoais e intransferíveis, o que proíbe o empréstimo ou a venda dos cartões. Em caso de uso irregular, o benefício pode ser suspenso. Quando o vale-transporte é oferecido por empresas, o mau uso pode gerar demissão por justa causa e até responsabilização criminal.






