Jair Bolsonaro, temendo ser preso após deixar o mandato, pediu ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que desse apoio financeiro à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro caso ele fosse detido. O pedido foi relatado por pessoas próximas ao ex-presidente durante conversas internas no partido.
Valdemar teria assegurado que cuidaria de Michelle, inclusive oferecendo a ela o cargo de presidente do PL Mulher, posição remunerada criada dentro da sigla. A função foi vista como uma forma de garantir estabilidade financeira à ex-primeira-dama.
Nos bastidores, aliados afirmam que Bolsonaro manifestou preocupação com o que poderia acontecer após o fim de seu mandato, mencionando a possibilidade de ser preso. Na época, ele disse a senadores que acreditava estar sob risco de uma ordem do Supremo Tribunal Federal.
A revelação voltou à pauta agora que o ex-presidente enfrenta novamente pressão judicial relacionada às investigações sobre os atos de 8 de janeiro. O contexto reacende discussões sobre a influência de Valdemar no PL e sobre o papel político de Michelle dentro da legenda.
Para o partido, o gesto reforça a relação de dependência entre Bolsonaro e Valdemar, bem como a estratégia da sigla para fortalecer a atuação de Michelle, que hoje ocupa posição de destaque entre as bases bolsonaristas.






