Brasil, México, Equador e Haiti aparecem, em 2025, entre os 10 países mais perigosos do mundo, segundo o índice de conflitos divulgado pela organização não governamental ACLED. O levantamento leva em conta mortalidade, risco para civis, alcance territorial dos conflitos e número de grupos armados ativos.
No ranking, o México ocupa a quarta posição, repetindo o desempenho do ano passado. O Equador aparece em sexto lugar, com uma alta expressiva em relação a 2024, impulsionada pelo avanço da violência entre facções criminosas. O Brasil e o Haiti figuram na sétima e oitava posições, respectivamente, ambos marcados por disputas territoriais de gangues e instabilidade social.
De acordo com a ACLED, o aumento da violência na América Latina tem características próprias em cada país. No México, pesa a disputa interna no Cartel de Sinaloa e a violência contra políticos e autoridades. No Equador, o avanço das gangues e o papel do país no tráfico internacional elevaram os índices de homicídio. No Brasil, facções disputam grandes áreas urbanas, enquanto no Haiti a fragilidade política abriu espaço para a expansão de grupos armados.
O relatório também aponta que o envio de mais forças militares e policiais pode até reduzir a violência no curto prazo, mas tende a gerar efeitos negativos no médio e longo prazo, como fragmentação de grupos criminosos e aumento de confrontos. Segundo analistas, sem mudanças estruturais, a tendência é que a violência continue avançando, apesar das ações de repressão.






