Em 2023, o salário médio de trabalhadores sem ensino superior foi de R$ 2.587,52. Já aqueles com diploma universitário receberam R$ 7.489,16. A diferença evidencia a desigualdade persistente no mercado de trabalho brasileiro.
Os dados são do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (13/11), com base nas Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre). Eles mostram que a maioria dos assalariados (76,4%) não concluiu o ensino superior. Apenas 23,6% têm nível superior.
O levantamento também revelou desigualdades de gênero: os homens ganharam, em média, R$ 3.993,26, valor 15,8% superior ao das mulheres, que receberam R$ 3.449. A diferença se soma à disparidade educacional, reforçando padrões históricos de remuneração.
Apesar disso, o salário médio mensal real cresceu 2% em 2023, passando de R$ 3.673,50 para R$ 3.745,45, equivalente a 2,8 salários mínimos. O total de pagamentos salariais somou R$ 2,6 trilhões, aumento de 7,5% em relação a 2022.
No trimestre, 3 milhões de empresas assalariadas ocuparam 52,6 milhões de trabalhadores, crescimento de 4,8%. O cenário mostra que, mesmo com aumento real na remuneração, o avanço da escolaridade continua determinando o acesso a melhores salários.






