A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, nesta terça-feira (18), a abertura completa dos arquivos ligados ao caso Jeffrey Epstein. A decisão recebeu apoio amplo e segue agora para análise do Senado, que deve manter o resultado.
A medida representa uma derrota política para Donald Trump, que vinha tentando barrar a divulgação desde o início do governo. No fim de semana, após não convencer sua bancada, ele mudou de posição e passou a defender a abertura.
Os arquivos reúnem documentos, e-mails e provas coletadas nas investigações sobre Epstein, acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade. Ele mantinha uma rede de contatos com figuras influentes da política, do entretenimento e do mundo empresarial.
Durante a campanha, Trump prometia divulgar esses materiais, alegando que poderiam atingir adversários democratas. Já no cargo, porém, passou a criticar a liberação e a chamar de “fracos e tolos” os republicanos favoráveis à abertura, antes de recuar novamente.
Alguns documentos já divulgados mencionam e-mails em que Epstein afirma que Trump “sabia” de suas condutas e passou horas com uma das vítimas. Para congressistas democratas, o conteúdo levanta dúvidas sobre a relação entre os dois, tema que pressiona o governo a liberar todos os papéis.






