O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, confirmou o envio das informações adicionais ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, sobre a operação que deixou 121 mortos no mês passado nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio.
Castro afirmou que o material foi enviado de forma digital. “Vão em forma digital. 100% do que o ministro relator foram respondidos, inclusive os arquivos que ele precisava.”
Depois a megaoperação realizada no dia 28 de outubro, o ministro Alexandre de Moraes, pediu informações sobre a ação, no âmbito da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, na qual ele atua como relator temporário.
Após o primeiro envio, Moraes determinou o encaminhamento de informações complementares e apontou que havia divergências entre as informações divulgadas pelo governo estadual, por meio da Secretaria de Segurança Pública, e de outros órgãos, como o Ministério Público.
Moraes pediu mais informações sobre os relatórios que embasaram a operação, laudos realizados após as mortes e informações de inteligência que levaram ao cumprimento dos mandados contra integrantes do Comando Vermelho (CV) no Rio, e apresentação das imagens das câmeras corporais dos policiais que participaram da megaoperação.
O prazo para o encaminhamento de informações adicionais sobre a megaoperação de 28 de outubro terminaria nesta segunda-feira (17) após uma prorrogação de cinco dias que, segundo o ministro, teve a finalidade de “possibilitar que as secretarias de Estado envolvidas disponham de tempo hábil para consolidar e encaminhar as informações e documentos conforme requerido”.
A ADPF das Favelas, ação julgada em abril, determina a adoção de um protocolo para operações nessas áreas, com objetivo de garantir o cumprimento dos Direitos Humanos. O plano, segundo Castro, será entregue no prazo. “O plano entregue dia 20, conforme o nosso cronograma”, ressaltou.






