O governo do Rio iniciou a semana com uma ação de grande escala contra bloqueios instalados pelo crime organizado. A primeira etapa da Operação Barricada Zero, realizada nesta segunda-feira (24), retirou mais de 200 toneladas de obstáculos em cinco comunidades da Região Metropolitana e resultou na prisão de cinco suspeitos. Em coletiva, o governador Cláudio Castro afirmou que a operação será diária até o fim de seu mandato.
Segundo o governo, a seleção das áreas foi feita com critérios técnicos definidos pelo Gabinete de Segurança Institucional, em parceria com as prefeituras. As equipes atuaram na Mangueirinha, em Duque de Caxias, Grão-Pará, em Nova Iguaçu, São Simão e Dom Bosco, em Queimados, Cidade de Deus, no Rio, e Jardim Catarina, em São Gonçalo. Em Jardim Catarina, policiais localizaram uma estufa de maconha, enquanto em Queimados foram encontradas drogas enterradas.
A operação integra um programa anunciado na semana anterior, baseado em um diagnóstico do Instituto de Segurança Pública. O levantamento identificou 13.604 barreiras em toda a Região Metropolitana, desde entulhos e lixeiras até estruturas de concreto e aço instaladas por grupos criminosos. Nesta fase inicial, serão atendidos 12 municípios, incluindo Belford Roxo, Maricá, Itaboraí, São João de Meriti e Nilópolis.
De acordo com Castro, as prefeituras ficarão responsáveis pelo monitoramento diário das obstruções e o governo do estado coordenará as ações de retirada. O governador também confirmou um sistema de gratificação para batalhões que conseguirem impedir que as barricadas sejam reinstaladas, um dos principais desafios apontados por especialistas em segurança.
Para dar suporte às operações, o governo adquiriu 50 “kits-demolição”, que incluem rompedores hidráulicos, retroescavadeiras e caminhões-basculantes. O monitoramento das barricadas conta com dados do Disque Denúncia, imagens aéreas e registros policiais. Além disso, foi criado um canal exclusivo para denúncias de ruas bloqueadas, garantindo o anonimato dos moradores.






