Após reunião com a cúpula de segurança pública e conversa com governadores de vários estados, o Governador Cláudio Castro, voltou a exaltar o sucesso da megaoperação policial de ontem nos Complexos do Alemão e Penha. O governador concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (29/10) e, em pronunciamento antes, considerou que a operação foi um “sucesso”, e que só os quatro policiais mortos são “vítimas”.
Castro voltou a polemizar com o governo federal. Ele disse que não vai ficar respondendo nem ministro nem autoridade que queira transformar esse momento em uma batalha política. Castro afirmou que este não é momento de disputa política, mas sim de união no combate à criminalidade. Disse que todos que quiserem somar esforços — sejam ministros, governadores ou autoridades — são bem-vindos. Já para quem quiser fazer ‘politicagem’, segundo ele, o recado foi direto: “ou soma, ou suma.” Castro completou que ele e sua equipe têm muita tranquilidade em defender tudo que fizeram ontem. O governador destacou que a população apoia as ações de segurança e quer retomar a normalidade nas ruas, nas escolas e no trabalho.
Ele informou que os criminosos identificados como líderes serão transferidos para presídios federais e que toda a operação está aberta à fiscalização. Durante o pronunciamento, Castro agradeceu às forças de segurança e prestou homenagem aos quatro policiais mortos na ação, dizendo que foram as verdadeiras vítimas do dia e que suas famílias receberão apoio do Estado. Encerrando, o governador reforçou: “Essa guerra contra o crime não será vencida sozinhos. É hora de união, transparência e coragem”, disse Castro.
Sobre a ajuda dos governadores de outros estados, o governador Cláudio Castro disse que toda ajuda será bem-vinda, mas deverá ser uma ajuda técnica, definida pelos secretários de Segurança Pública, da Polícia Militar e da Polícia Civil. A operação, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, é considerada a mais letal da história do Rio, com 64 mortes registradas. O governador classificou a ação como um avanço no combate ao narcoterrorismo e afirmou que o estado tem enfrentado o crime organizado praticamente sozinho, após o governo federal ter negado o envio de blindados das Forças Armadas. Por determinação de Castro, os secretários de Estado estão proibidos de dar declarações sobre a operação.






