O ministro do Turismo, Celso Sabino, entregou nesta sexta-feira (26) sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após receber ultimato da direção nacional do União Brasil, que determinou a saída imediata de seus filiados do governo federal.
Sabino continuará no cargo até 2 de outubro, atendendo pedido de Lula, para participar de um evento de entrega de obras para a COP30, em Belém. Ele ainda tenta negociar licença do partido para permanecer na pasta até novembro, quando a cidade sediará a conferência da ONU sobre mudanças climáticas.
A saída do ministro ocorre em meio a atritos internos do União Brasil, presidido por Antonio Rueda, que antecipou a saída da legenda do governo, antes prevista para 30 de setembro. Apesar da tensão, líderes políticos tentam reaproximar o governo e o partido para evitar ruptura total, mantendo indicações estratégicas na Esplanada.
Mesmo fora do ministério, Sabino recebeu sinalização de apoio de Lula para futura candidatura ao Senado em 2026 e tenta emplacar sua secretária-executiva, Ana Clara Machado Lopes, como sucessora na pasta. A saída também pressiona outros ministros indicados por partidos aliados a negociar permanência ou licenças temporárias.