Ouça agora

Ao vivo

Reproduzir
Pausar
Sorry, no results.
Please try another keyword
Polícia Rodoviária Federal dá início a Operação Rodovida no estado do Rio
Estado
Polícia Rodoviária Federal dá início a Operação Rodovida no estado do Rio
Projeto que reduz penas de Bolsonaro é aprovado no Senado e segue para análise de Lula
Destaque
Projeto que reduz penas de Bolsonaro é aprovado no Senado e segue para análise de Lula
Flávio Bolsonaro diz que reunião com empresários serviu para mostrar viabilidade de candidatura
Política
Flávio Bolsonaro diz que reunião com empresários serviu para mostrar viabilidade de candidatura
Laudo da PF confirma violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro
Política
Laudo da PF confirma violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro
Ademi-RJ e Prefeitura do Rio firmam acordo para qualificar mão de obra na construção civil
Empregos
Ademi-RJ e Prefeitura do Rio firmam acordo para qualificar mão de obra na construção civil
Chuvas afetam abastecimento de água em municípios do RJ
Estado
Chuvas afetam abastecimento de água em municípios do RJ
Rodovia dos Lagos é a segunda melhor do Brasil, aponta pesquisa CNT 2025
Estado
Rodovia dos Lagos é a segunda melhor do Brasil, aponta pesquisa CNT 2025

Cid tinha conhecimento de que as joias recebidas durante o governo Bolsonaro eram consideradas de “interesse público”

Siga-nos no

Imagem: Reprodução ESTADÃO

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tinha plena consciência de que as joias recebidas pelo governo em suas viagens internacionais eram de interesse público. A Polícia Federal (PF) está investigando um possível esquema ilegal de venda desses itens de luxo.

A jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, revelou essa informação, e o blog confirmou sua veracidade. Mensagens de texto e imagens obtidas no celular de Mauro Cid indicam que ele estava ciente da Lei 8.394, que estabelece que, em caso de venda de itens semelhantes, a União tem prioridade na aquisição.

O advogado Fabio Wajngarten, procurado pelo blog, confirma a autenticidade das mensagens e afirma que o conteúdo demonstra que, na época, ele não conhecia o Rolex, pois estavam discutindo o kit rosé. Além disso, como já foi revelado pelo blog, a defesa de Bolsonaro entregará às autoridades a totalidade das mensagens trocadas entre Cid e Wajngarten.

As conversas analisadas pela PF envolvem Mauro Cid, Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República (responsável pela gestão do acervo de presentes), e Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro durante seu mandato. Para a PF, as mensagens deixam claro que “além da existência de um esquema de peculato (desvio de recursos públicos)”, Câmara e Cid estavam “plenamente cientes das restrições legais relacionadas à venda dos bens no exterior”.

A defesa de Bolsonaro argumenta repetidamente que os itens eram de propriedade privada do ex-presidente, embora haja contradições em suas declarações sobre o caso das joias.

As contradições de Jair Bolsonaro:

  • Em 4 de março, Bolsonaro afirmou que não havia solicitado nem recebido presentes.
  • No dia seguinte, disse que os itens recebidos seriam destinados ao acervo público.
  • Meses depois, após a imprensa revelar a existência de pelo menos dois kits com itens de luxo vendidos de forma ilegal, o ex-presidente afirmou que “Nada foi extraviado, nada desapareceu. Nada foi escondido. Ninguém vendeu nada. Acho que a questão desses três pacotes está resolvida”.
  • Em 18 de agosto, Bolsonaro afirmou que os itens eram pessoais e exclusivos.
  • Em 31 de agosto, Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outras seis pessoas prestaram depoimento sobre o caso das joias nas sedes da Polícia Federal em Brasília e São Paulo. Nessa ocasião, Bolsonaro permaneceu em silêncio, assim como Michelle, Marcelo Câmara e Fabio Wajngarten, ex-chefe da comunicação do governo Bolsonaro.