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Cidades do RJ lideram perdas de participação no PIB nacional, aponta IBGE

Maricá, Niterói e Saquarema estão entre as maiores quedas do país

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Municípios do estado do Rio de Janeiro concentraram algumas das maiores perdas de participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional entre 2022 e 2023. Os dados fazem parte da pesquisa PIB dos Municípios 2022-2023, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisou o desempenho econômico de 5.570 cidades brasileiras.

Entre todos os municípios do país, Maricá registrou a maior queda relativa, com recuo de 0,3 ponto percentual na participação no PIB nacional. Na sequência aparecem Niterói e Saquarema, também no estado do Rio, ambas com perda de 0,2 ponto percentual. Campos dos Goytacazes integra o grupo de municípios com retração, registrando queda de 0,1 ponto percentual.

Segundo o IBGE, a principal explicação para o desempenho negativo está na forte dependência da indústria extrativa, especialmente da produção de petróleo e gás. Em 2023, a queda expressiva dos preços internacionais dessas commodities reduziu o valor gerado por cidades produtoras, afetando diretamente sua participação no PIB nacional.

Municípios do Norte Fluminense, como Campos dos Goytacazes e Macaé, têm economias fortemente ancoradas no setor de energia e são impactados pela dinâmica da produção nas bacias de Campos e de Santos. Embora o volume produzido pela indústria extrativa tenha crescido 9,2% em 2023, a queda de 22,7% nos preços resultou em perda de participação no Valor Adicionado Bruto nacional.

O desempenho dos municípios fluminenses também contribuiu para frear a tendência de desconcentração econômica observada nos últimos anos. De acordo com o IBGE, a participação dos municípios que não são capitais no PIB do país caiu de 72,5% em 2022 para 71,7% em 2023, afetando especialmente cidades médias e regiões do interior.

Além da indústria extrativa, o instituto aponta que parte das perdas ocorreu em municípios com retração da indústria de transformação e em localidades com forte presença do setor de serviços, que cresceram abaixo da média nacional no período analisado.

Na contramão desse movimento, a cidade do Rio de Janeiro ampliou sua participação no PIB nacional, com avanço de 0,05 ponto percentual entre 2022 e 2023. Segundo o IBGE, o resultado foi impulsionado principalmente pela recuperação do setor de serviços, especialmente atividades empresariais, financeiras, turísticas e ligadas à economia urbana.

Para o IBGE, os dados reforçam um desafio estrutural do estado do Rio de Janeiro: a elevada concentração de riqueza em poucos setores e territórios. O cenário evidencia a necessidade de diversificação produtiva como estratégia para reduzir a vulnerabilidade às oscilações do mercado internacional e promover um crescimento econômico mais equilibrado no estado.