Após 25 anos de pesquisa, fármaco experimental mostrou recuperação de pacientes, mas ainda depende de aval da Anvisa para testes ampliados
Um estudo conduzido ao longo de 25 anos por uma pesquisadora da UFRJ resultou em um medicamento experimental capaz de promover a regeneração da medula espinhal em casos de lesão. O fármaco, batizado de polilaminina, foi desenvolvido a partir da proteína laminina, extraída da placenta, e apresentou resultados promissores em voluntários.
A pesquisa é liderada pela professora Tatiana Coelho de Sampaio, chefe do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular do Instituto de Ciências Biomédicas. Em fase experimental, alguns pacientes lesionados que receberam a polilaminina conseguiram recuperar movimentos, de forma total ou parcial.
A polilaminina atua estimulando neurônios maduros a rejuvenescer e criar novos axônios, responsáveis por transmitir os impulsos elétricos do corpo. O composto é aplicado diretamente na coluna, e nos testes realizados, os efeitos chegaram a surgir em poucas semanas.