A Terra é o único planeta habitável do Sistema Solar, até onde se sabe. Mas isso não significa que não recebamos visitantes — em geral, na forma de asteroides (a maioria inofensivos). Alguns desses corpos celestes chegam a permanecer temporariamente por aqui, adquirindo um status semelhante ao da Lua.
O mais recente desses objetos é o asteroide batizado de 2025 PN7. Avistado neste verão no hemisfério Norte, ele possui uma trajetória próxima à da Terra em torno do Sol. É como se fosse um carro trafegando na mesma faixa que o nosso planeta. Esse tipo de corpo celeste é chamado de quase-lua. Das poucas conhecidas, esta pode ser a menor até agora, com tamanho estimado de até 16 metros — menos do que o comprimento de uma pista de boliche.
Alguns asteroides que se aproximam da Terra vêm do cinturão principal localizado entre Marte e Júpiter. Outros são fragmentos da Lua, ejetados após impactos de meteoritos. No caso do 2025 PN7, como as observações telescópicas ainda são escassas, não há pistas concretas sobre sua origem. “Por enquanto, só podemos especular”, explicou o astrônomo Carlos de la Fuente Marcos, da Universidade Complutense de Madri, autor de estudo sobre o objeto publicado na Research Notes of the American Astronomical Society.
O que já se sabe é que o asteroide não é um hóspede permanente. Ele faz parte de um grupo reduzido de rochas espaciais que orbitam de forma próxima à Terra por certo período, acompanhando ou liderando o planeta em sua volta ao Sol. Assim como os demais, em algum momento será expulso dessa posição — possivelmente em cerca de 60 anos.