A partir do próximo ano, candidatos à habilitação para carros e motos — as categorias A e B — serão obrigados a apresentar um exame toxicológico negativo para obter a primeira carteira, exigência que já existe desde 2016 para guiar caminhões, ônibus e carretas.
Levantamento do Ministério dos Transportes mostra que, só em 2025, 97 mil postulantes à autorização para dirigir nas categorias C, D e E foram reprovados no teste. Em cerca de 67 mil casos, ou 70% do total, a droga detectada foi a cocaína ou seus metabólitos.
A benzoilecgonina — formada pela metabolização da cocaína no corpo e o principal sinal de consumo no organismo — é a substância que mais aparece na lista da pasta, com quase 46 mil detecções. O cocaetileno, que surge quando há mistura entre a droga e álcool, e a norcocaína, um metabólito da cocaína com potencial anestésico, completam o quadro.
Duas substâncias não ligadas à cocaína aparecem entre as mais comuns: opiáceos e anfetaminas. Os opiáceos, que surgiram em 19.275 exames este ano, estão presentes na codeína, na morfina e na heroína. Já as anfetaminas, constatadas em 10.415 testes, são encontradas no rebite, no nobésio e na chamada “bolinha”, que têm substâncias encontradas em drogas como femproporex, mazindol e anfepramona.






