Ouça agora

Ao vivo

Play
Pause
Sorry, no results.
Please try another keyword
Brasil vence Japão no sufoco e vai à final da Liga das Nações
Esportes
Brasil vence Japão no sufoco e vai à final da Liga das Nações
Com gol de Depay, Corinthians arranca empate no Nilton Santos
Botafogo
Com gol de Depay, Corinthians arranca empate no Nilton Santos
Castro nomeia aliado da tropa de choque da Alerj como subsecretário de Transportes
Política
Castro nomeia aliado da tropa de choque da Alerj como subsecretário de Transportes
Contas de Luz vão ficar mais caras em agosto
Brasil
Contas de Luz vão ficar mais caras em agosto
Justiça aceita denúncia e Bruno Henrique vira réu por fraude esportiva
Sem categoria
Justiça aceita denúncia e Bruno Henrique vira réu por fraude esportiva
Rio tem novos postos extras de vacinação contra gripe e sarampo
Rio de Janeiro
Rio tem novos postos extras de vacinação contra gripe e sarampo
Forte chuva atinge diversas regiões no estado do RJ
Destaque
Forte chuva atinge diversas regiões no estado do RJ

Conar abre processo contra a Volkswagen por propaganda com Elis Regina

Siga-nos no

Foto: Reprodução

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) instaurou um processo ético, nesta segunda-feira (10), para analisar um anúncio da Volkswagen que usa a imagem de Elis Regina, que morreu em 1982, por meio de uma inteligência artificial. A ação publicitária faz parte da campanha de 70 anos da Volkswagen e conta também com a participação de Maria Rita, cantora e filha da artista.

O processo foi aberto após clientes “questionarem se é ético ou não o uso da Inteligência Artificial (IA) para trazer pessoas falecidas de volta à vida como realizado na campanha” e vai analisar se a campanha violou alguma norma do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

Na propaganda, a cantora aparece dirigindo uma Kombi e fazendo dueto com a filha Maria Rita, que comanda um outro automóvel. A publicidade não alerta os espectadores que as imagens foram criadas a partir do uso da Inteligência Artificial, o que pode “causar confusão entre ficção e realidade para alguns, principalmente crianças e adolescentes”, diz o Conselho.

O responsável pela denúncia é o advogado Gabriel Britto, que afirma que a campanha contraria diversos artigos, como o de número 27, já que um anúncio deve conter uma apresentação verdadeira do produto oferecido. “Isso traz desconforto e perturbação com a mistura entre ficção e realidade para alguns consumidores, como crianças, adolescentes e vulneráveis. O potencial de desinformação do deep fake é gigantesco e o uso ilimitado pode resultar na distorção da realidade”, pontua Gabriel.

Não há hoje no Brasil um regramento definido sobre o uso da Inteligência Artificial (IA). O Conar vai analisar se a campanha ultrapassou os limites éticos que toda peça de propaganda deveria seguir. Em nota, o conselho informou que a representação será julgada nas próximas semanas por uma das Câmaras do Conselho de Ética do Conar, garantindo-se o direito de defesa ao anunciante e sua agência.

De acordo com a Volkswagen, a utilização da imagem de Elis Regina na campanha foi acordada com a família da cantora. “A intenção da Volkswagen com a campanha foi destacar a transição das gerações e a renovação da marca”, afirmou a montadora.

Confira abaixo a nota do Conar:

“O Conar abriu hoje, 10 de julho, representação ética contra a campanha “VW Brasil 70: O novo veio de novo”, de responsabilidade da VW do Brasil e sua agência, AlmapBBDO, motivada por queixa de consumidores.

Eles questionam se é ético ou não o uso de ferramenta tecnológica e Inteligência Artificial (IA) para trazer pessoa falecida de volta à vida como realizado na campanha, a ser examinado à luz do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, em particular os princípios de respeitabilidade, no caso o respeito à personalidade e existência da artista, e veracidade.

Adicionalmente, questiona-se a possibilidade de tal uso causar confusão entre ficção e realidade para alguns, principalmente crianças e adolescentes.

A representação será julgada nas próximas semanas por uma das Câmaras do Conselho de Ética do Conar, garantindo-se o direito de defesa ao anunciante e sua agência. Em regra, o julgamento é efetuado cerca de 45 dias após a abertura da representação.

O Conar aceita denúncias de consumidores, assim como outras manifestações sobre a peça publicitária, bastando que sejam identificadas. Em obediência à LGPD a identidade dos denunciantes é protegida.”