Uma eventual conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ocorrer de forma remota. A avaliação dentro do governo brasileiro é que o encontro tende a ser realizado por telefone ou videoconferência.
Um dos temas na pauta deve ser o tarifaço de 50% imposto por Trump a produtos brasileiros. Além disso, o governo dos EUA também sancionou autoridades do Executivo e do Judiciário brasileiro.
No início das sanções, Trump disse que era contra o processo que culminou com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro — seu aliado — a 27 anos de prisão por golpe de Estado.
Nesta terça-feira (23), durante seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Trump afirmou que se encontrou rapidamente com Lula antes de subir à tribuna e que ambos concordaram em se reunir na próxima semana. A informação foi confirmada posteriormente pelo governo brasileiro.
No Brasil, a diplomacia ainda vê com cautela essa conversa. No Itamaraty, a orientação é preparar o terreno de forma minuciosa antes da reunião. Essa deve ser a primeira conversa direta entre Lula e Trump desde o início da crise do tarifaço. Desde que assumiram, os dois nunca haviam se encontrado.
A viagem de Lula a Nova York marca sua primeira ida aos Estados Unidos desde a decisão do governo americano de sobretaxar em 50% os produtos brasileiros.