O corpo de Juliana Marins, publicitária brasileira que caiu na encosta do Monte Rinjani, na Indonésia, durante uma trilha, passará por uma nova autópsia na manhã desta quarta-feira. A informação foi confirmada pela Polícia Civil pouco antes de o avião que trazia os restos mortais aterrissar no Rio, na noite de terça-feira. A perícia terá presença de um representante da família e de um perito da Polícia Federal, como prevê acordo entre a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e o governo estadual, após determinação da Justiça Federal.
A nova perícia no corpo de Juliana foi um pedido da família. O objetivo é confirmar questões como a data e o horário da morte e identificar possíveis omissões na prestação de socorro pelas autoridades indonésias. O requerimento foi formalizado na Justiça Federal pela Defensoria Pública da União (AGU) na segunda-feira (30). Em audiência na tarde de terça-feira, a 7ª Vara Federal de Niterói autorizou o procedimento.
“A certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil, em Jacarta, se baseou em autópsia realizada pelas autoridades indonésias, mas não trouxe informações conclusivas sobre o momento exato do falecimento”, diz a nota da Defensoria Pública da União (DPU). Segundo a defensora Taísa Bittencourt, a realização do novo exame é fundamental para preservar elementos que possam esclarecer os fatos.
Na Indonésia, a autópsia foi realizada na quinta-feira passada (26/06), cinco dias após o acidente, pelo Hospital Bali Mandara. O exame concluiu que a causa da morte foi um trauma, com fraturas, lesões em órgãos internos e hemorragia intensa, e que ela morreu 20 minutos após o trauma. Ainda não está claro qual das quedas provocou a morte nem o local exato onde isso ocorreu, dúvidas que a nova perícia pode esclarecer.