Depois das visitas marcadas aos presídios onde serão ouvidos os principais ladrões de carros do estado, a CPI das Câmeras da Assembleia Legislativa (Alerj) já desenhou seus próximos passos.
Na oitiva do dia 22, a comissão voltará sua atenção às associações e cooperativas de proteção veicular e deve determinar mais de 30 conduções coercitivas, com a presença de agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Entre os alvos das conduções estarão representantes de empresas do setor de recuperação de veículos roubados — ou mais de um — que foram convidadas para outras oitivas, mas não compareceram, muitas sem apresentar justificativa. Já as associações e cooperativas que têm colaborado nas reuniões da CPI serão apenas convidadas.
O número de convocações se deve ao fato de que a investigação não se limita a algumas empresas, mas trata-se de um levantamento mais amplo sobre o setor de proteção veicular. Serão convocadas tanto associações e cooperativas que não apresentaram atividades suspeitas quanto outras que já estão na mira da CPI, como a APVS.
Entre os que terão condução coercitiva determinada está a sócia-administradora da Pontual Clube de Benefícios, Carla Conceição Barbosa, que já havia descumprido outra convocação da CPI na última segunda-feira (8/09). A pressão dos parlamentares sobre ela vem aumentando desde as falhas consideradas contratuais na reunião de 25 de agosto.