A Comissão Parlamentar de Inquérito CPI) do Crime Organizado será instalada nesta terça-feira (4/10) no Senado Federal com o ambiente político marcado pela repercussão da operação realizada pelo governo do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) nos Complexos da Penha e Alemão.
A operação terminou com 121 no Rio de Janeiro e com a pressão da opinião pública, governo e oposição decidiram escalar senadores de peso para a comissão, que mirará o “modus operandi” de facções como PCC e CV e a atuação de milícias.
Ainda não há acordo para definir o senador que presidirá a CPI — decisão que será tomada na sessão de instalação. O relator será o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que propôs a criação do colegiado.
A articulação para tentar influenciar o resultado e a indefinição pode abrir espaço para um movimento silencioso do grupo, que já conseguiu surpreender o governo ao conquistar o comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.
O governo gostaria que o comando da CPI ficasse a cargo de Fabiano Contarato (PT-ES) ou de Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.
A operação no Rio, o debate sobre GLO e a narrativa bolsonarista focada em “lei e ordem” reacenderam a disputa pública sobre segurança.
A oposição vê no tema uma ponte com eleitores de centro e pretende usar a CPI para reforçar a imagem de enfrentamento ao crime.
O governo tenta impedir que a agenda seja capturada politicamente e busca dar resposta institucional, com envio do PL Antifacção e articulação com governadores.
A CPI terá 11 titulares e 11 suplentes. Entre os nomes indicados, há quadros experientes e figuras centrais na disputa entre governo e oposição como:






